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Um estudo recente publicado na Nature trouxe à luz descobertas significativas sobre o papel de uma proteína específica, a HMGN1, no adenocarcinoma do pulmão, um dos tipos mais comuns de câncer de pulmão. A investigação indica que a ausência de HMGN1 nas células cancerosas torna-as mais suscetíveis à quimioterapia, aumentando potencialmente a eficácia do tratamento. Informou o Medicina SA.
Carlos Gil Ferreira, oncologista torácico e presidente do Instituto Oncoclínicas, sugere que o HMGN1 pode servir como um biomarcador prognóstico promissor e um potencial alvo terapêutico para o tratamento do adenocarcinoma pulmonar. “Estratégias direcionadas ao HMGN1 poderiam ampliar a resposta à quimioterapia, oferecendo uma nova esperança aos pacientes”, afirma.
O estudo, intitulado "A perda de HMGN1 sensibiliza células de câncer de pulmão à quimioterapia", empregou uma combinação de análise de dados genéticos de grandes bancos de dados, como o Atlas do Genoma do Câncer (TCGA) e experimentos celulares diretos para entender melhor a função de HMGN1 no adenocarcinoma de pulmão. Os investigadores descobriram que esta proteína frequentemente funciona mal neste tipo de cancro, e a sua ausência pode tornar as células cancerígenas mais vulneráveis à quimioterapia. “A razão por detrás disto é que a HMGN1 é crucial para a reparação do ADN. Quando a proteína está ausente ou inibida, as células lutam mais para reparar os danos no ADN, levando a um aumento da eficácia dos tratamentos quimioterapêuticos e, consequentemente, a uma maior mortalidade das células cancerígenas”, explica o estudo.
Em 2022, o câncer de pulmão foi o mais diagnosticado no âmbito mundial, com 2,5 milhões de novos casos, representando 12,4% do total, e foi a principal causa de morte por câncer, com 1,8 milhões de mortes, ou 18,7% do total, de acordo com os últimos dados disponíveis da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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