Johnson & Johnson testa vacina contra o coronavírusFoto: Dado Ruvic/Reuters
A Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, diz que vai anunciar os resultados de sua vacina contra a Covid-19 na próxima semana. O imunizante é um pouco diferente das demais, sendo a única em fase avançada de testes que se propõe a imunização com apenas uma dose, o que, na prática, permitiria vacinar o dobro de pessoas. Todas as outras precisam de duas doses, então a produção rende menos. As informações são do Olhar Digital e da Technanet.
Os resultados da fase 2 mostraram que após uma única aplicação, mais de 90% dos voluntários produziram uma resposta imunológica contra o vírus. A vacina também se mostrou bastante segura, registrando apenas efeitos leves, como fadiga, dores de cabeça e dor no local da aplicação da vacina; todos eles passaram rapidamente.
No entanto, a produção de resposta imunológica é só uma parte da equação. O que a fase 3 pretende é descobrir se essa resposta, com anticorpos e produção de outras células de defesa são suficientes para proteger os voluntários. É o que se chama da eficácia da vacina, calculada a partir do número de casos acumulados entre aqueles que receberam o imunizante e aqueles que só receberam um placebo.
O governo brasileiro já demonstrou interesse na vacina da Johnson & Johnson. Já há uma parceria firmada com a empresa para o fornecimento de 3 milhões de doses do imunizante com entrega no segundo trimestre, possivelmente em maio. Também estão previstas mais 35 milhões de doses, sendo 8 milhões previstas para este ano e o restante apenas em 2022.
Para produzir a resposta esperada, a Janssen se vale de uma técnica que ganhou força com a pandemia. A empresa aposta na plataforma de vetor viral de adenovírus, que é geneticamente modificado para manifestar as proteínas do Sars-Cov-2, mas sem capacidade de produzir a doença. É uma técnica similar à usada na vacina de Oxford, que já tem amplo acordo de distribuição no Brasil.
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