Antonio Fuchs (INI/Fiocruz)
O Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz) está coordenando, no Rio de Janeiro, o estudo multicêntrico da vacina contra a dengue desenvolvido pelo Instituto Butantan. A pesquisa está começando agora no município fluminense, mas já está em andamento há dois anos em outros 14 centros espalhados pelo país. A proposta é que o projeto recrute 900 voluntários cariocas, entre crianças de 2 a 17 anos, para acompanhamento durante cinco anos apenas na Clínica de Saúde da Família Armando Palhares, localizada no bairro de Realengo. Os estudos preliminares vêm demonstrando que a vacina do Instituto Butantan tem proteção duradoura contra os quatro sorotipos da dengue.
Os voluntários devem ser residentes de Realengo, saudáveis, ter de 2 a 17 anos e podem ou não ter sido diagnosticados com dengue no passado. Os interessados devem procurar a equipe da Pesquisa em uma sala localizada ao lado da Farmácia da Clínica da Família local ou entrar em contato através do telefone (9090) 97202-4297. Os voluntários serão acompanhados durante cinco anos. Segundo a Coordenação local da Pesquisa, a cargo do pesquisador André Siqueira, o local para realização do estudo foi determinado pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
A Clínica de Saúde da Família Armando Palhares está localizada na Av. Santa Cruz, S/N, em Realengo/RJ. Horário de funcionamento: de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 20h, e sábado das 8h às 12h. A Clínica beneficia diretamente a 31 mil usuários.
Confira o folder sobre o que é a vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan clicando aqui.
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Sobre a Dengue
A Dengue é uma doença infecciosa febril aguda provocada por um vírus da família Flaviviridae, do gênero Flavivírus, e têm quatro sorotipos denominados, em geral, DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A manifestação da doença é variada, podendo apresentar-se do quadro febril clássico à forma considerada hemorrágica. No Brasil, o vírus é transmitido por fêmeas infectadas do mosquito Aedes aegypti.
Segundo dados do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (Vol. 49 Nº 12, 2018), foram registrados 1.483.623 de casos prováveis de dengue em 2016 e 251.711 no ano de 2017 em todo o Brasil. Até fevereiro de 2018, o país contou com 38.043 casos prováveis de dengue, com uma incidência de 18,3 casos para cada 100 mil habitantes, sendo a região Sudeste a que apresentou o maior número de suspeitas, com 38,3%, seguida do Centro-Oeste, com 34% dos casos.
Na AFN
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