by Gabriel Corrêa - Rádio Nacional - São Luís (MA)
A farmacêutica britânica GSK recebeu concessão do Unicef - Fundo das Nações Unidas para a Infância - para produzir em larga escala a primeira vacina do mundo contra a malária. O contrato assinado nesta semana é de 170 milhões de dólares e vai permitir, até 2025, a fabricação de 18 milhões de vacinas “RTS,S”, como o imunizante é conhecido.
A vacina é aprovada por órgãos reguladores europeus desde 2015 e demorou mais de três décadas para ser desenvolvida. Em 2019, a OMS - Organização Mundial da Saúde coordenou um projeto piloto de aplicação em três países africanos: Gana, Quênia e Malawi. A experiência fez a OMS recomendar, em outubro do ano passado, o uso da vacina nos 30 países com áreas de transmissão moderada e alta da doença.
A malária é transmitida ao ser humano pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. Embora tenha cura, ela pode ser fatal, se não for tratada. Em 2020, foram estimados 241 milhões de casos de malária em 85 países. E foram registrados quase meio milhão de mortes de crianças no continente africano por causa da doença.
No Brasil, no ano passado foram registradas 49 mortes e um total de 139 mil casos de malária, uma redução de 4,1% em relação ao ano anterior. De acordo com o Ministério da Saúde, quase todos os casos de transmissão ocorrem na região amazônica.
Edição: Nádia Faggiani / Guilherme Strozi
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