Exame
Jornalista: José Alberto Gonçalves Pereira
11/11/19 - A suíça Roche é líder em segmentos importantes do setor farmacêutico, como os de diagnóstico in vitro, oncologia, imunologia e doenças do sistema nervoso central, além de se destacar no controle de diabetes.
Pelo 11° ano seguido, a companhia figura em 2019 como uma das mais sustentáveis do setor farmacêutico no índice Dow Jones de Sustentabilidade, da bolsa de Nova York. No Brasil, o comitê de sustentabilidade tem sido o principal articulador de ações na sede da empresa, em São Paulo, na fábrica de medicamentos no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e em seus três centros de distribuição: em Anápolis, Goiás; Itajaí, Santa Catarina; e Itapevi, São Paulo. “O comitê de sustentabilidade conseguiu ganhar a confiança da alta liderança e dos funcionários em geral”, afirma Sarah Chaia, diretora das áreas jurídica, de com- pliance e de responsabilidade social da Roche. “Dessa forma, ele se tornou uma espécie de consultoria interna para soluções sustentáveis, atendendo a solicitações das diferentes áreas da companhia.”
Combinadas com um programa de 300 milhões de reais em investimentos na modernização da fábrica no Rio de Janeiro, iniciada em 2015, as ações estimuladas pelo comitê de sustentabilidade resultaram em avanços significativos de 2016 a 2018. Enquanto o volume de resíduos caiu 43%, o consumo de energia diminuiu quase 72% no período. A redução no uso de energia, tanto na produção de vapor nas caldeiras como na rede elétrica da fábrica, levou a uma queda de 85% nas emissões de gases de efeito estufa.
A Roche diminuiu o gasto com energia proveniente de todos os tipos de fonte não renovável, exceto pelo aumento do uso de óleo diesel nos geradores, decorrente da redução do fornecimento de energia elétrica pela concessionária, e pelo dispên- dio com querosene em viagens aéreas. Entre as ações adotadas para diminuir o consumo de energia destacam-se campanhas de conscientização de funcionários, a iluminação por lâmpadas de LED, o aprimoramento da gestão dos sistemas de ar condicionado e ajustes nas caldeiras, que passaram a demandar menos gás natural na geração de vapor.
No entanto, em março deste ano, a Roche anunciou a decisão de desativar, até 2023, a operação da fábrica de Jacarepaguá, em razão de uma mudança na estratégia global. A empresa decidiu concentrar esforços em produtos inovadores de alta complexidade e baixo volume de produção, que não são produzidos na unidade carioca. “É importante ressaltar que a Roche não está saindo do país. Não haverá nenhum impacto sobre os segmentos de diabetes e diagnósticos”, diz Sarah.
Comentários