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Imagem de Jobert Aquino Aquino por Pixabay

 

As enchentes no Rio Grande do Sul trouxeram consigo uma série de desafios para a população e para os setores industriais, entre eles, o farmacêutico. Este segmento enfrentou perdas significativas que impactaram não apenas a produção, mas também a logística e a distribuição de medicamentos essenciais.

A indústria farmacêutica gaúcha se viu diante de um cenário de prejuízos que ascenderam a centenas de milhões de reais. Fábricas localizadas em áreas estratégicas como o 4º Distrito de Porto Alegre e Canoas foram severamente afetadas, com danos a estoques, matérias-primas e maquinário. A recuperação dessas perdas é um processo complexo, envolvendo não apenas a reposição de equipamentos muitas vezes importados, mas também a manutenção de padrões rigorosos de qualidade e segurança exigidos para a produção farmacêutica. Informou o Jornal do Comercio.

O Sindicato das Empresas do Complexo Industrial da Saúde no RS (Sindicis) e seus representantes têm destacado a necessidade de uma infraestrutura resiliente, capaz de suportar tais eventos climáticos adversos. A retomada das atividades, prevista para algumas empresas já no final deste mês e para outras apenas em setembro, é um reflexo da capacidade de resposta e adaptação do setor. No entanto, essa capacidade é posta à prova quando se considera a dependência de equipamentos especializados e a necessidade de técnicos estrangeiros para manutenção, o que pode atrasar significativamente o processo de recuperação.

O presidente da entidade, Thômaz Nunnenkamp, comentou que duas devem retomar as atividades no final deste mês, as outras têm previsão de atividade apenas em setembro: “Um dos grandes problemas é que na nossa área trabalhamos com muito equipamento importado. Isso não se resolve pegando o telefone e pedindo uma substituição de algo que se tem na prateleira aqui em Porto Alegre. Às vezes tem que vir um técnico do exterior para fazer manutenção, etc.”

A situação é agravada pela percepção de falta de apoio adequado por parte do governo federal, especialmente no que tange à manutenção de empregos e ao acesso a financiamentos que poderiam aliviar o fardo das empresas afetadas. A comparação com as medidas adotadas durante a pandemia, como a suspensão de contratos de trabalho e regras flexíveis para banco de horas e férias, evidencia a busca por soluções que possam mitigar os impactos econômicos e sociais das enchentes.

Exemplos de resiliência e eficiência, como o demonstrado pelo Laboratório Lifar do Grupo Panvel, são fontes de inspiração e aprendizado. A rápida retomada das atividades, apesar das perdas pontuais de estoque, mostra que a agilidade e a eficiência das equipes podem fazer a diferença em momentos críticos. A capacidade de resposta exemplar e a utilização de recursos alternativos de armazenamento são práticas que podem ser replicadas para fortalecer o setor frente a futuros desafios.

As enchentes de 2024 deixam lições valiosas para a indústria farmacêutica e para a sociedade como um todo. A necessidade de sistemas de prevenção e resposta mais eficazes, a importância de infraestruturas resilientes e a urgência de políticas públicas de apoio são claras. O caminho para a recuperação é longo, mas a determinação e a inovação do setor farmacêutico gaúcho sugerem um futuro promissor, onde a saúde e a segurança da população continuam sendo a prioridade.

Estamos em processo de avaliação para quantificar os prejuízos, mas é importante ressaltar que nossa distribuição não foi comprometida, mantendo o compromisso com nossos clientes”, completa.

Em relação aos funcionários, os aproximadamente 30 colaboradores tiveram suas casas atingidas pelas cheias foram atendidas pela rede de apoio do Grupo. Entre as iniciativas, Moraes destaca a distribuição de cestas básicas, de produtos de higiene e de vale-colchões, além da antecipação do 13º salário e a criação de uma plataforma de voluntariado.

“As recentes enchentes foram um lembrete poderoso da necessidade de construir uma infraestrutura mais resiliente diante das mudanças climáticas. A experiência reforçou nossa determinação em implementar práticas sustentáveis e inovadoras para garantir que, mesmo diante de adversidades, possamos continuar a servir nossa comunidade com segurança e eficácia”, conclui o gerente.

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