Obras do novo Laboratório de Vacina para Dengue, do Instituto Butantan, devem ser entregues até o final do ano; com área total de 4.795,34m², o empreendimento foi dividido em cinco etapas e demandou planejamento estratégico e operacional
Principal produtor de imunobiológicos do Brasil, o Instituto Butantan, localizado na Zona Oeste de São Paulo (SP), passa por grandes obras de expansão. A instituição pública, gerida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, é responsável por parte significativa da produção de vacinas, soros e biofármacos para uso humano no país. O Butantan trabalha com atendimento voltado diretamente às demandas da saúde pública, por isso sua importância em âmbito nacional.
A previsão é de que as obras do novo “Laboratório Vacina Dengue”, iniciadas em maio do ano passado, sejam entregues ainda neste ano. O projeto prevê a construção de dois edifícios interligados. O “Prédio 1413” refere-se a uma área técnica, onde será implantando o Sistema de Tratamento de Água, Subestação Elétrica e Central de Água Gelada (STA13), com área de 646,74m².
As instalações do laboratório, salas destinadas a manipulação, fabricação e envase das vacinas, serão instaladas no “Prédio 1021”. A área aproximada deste segundo empreendimento é de 4.148,60m². De modo geral, o Laboratório Vacina Dengue do Instituto Butatan vai contar com uma área construída de aproximadamente 4.795,34m².
Fernando Martins, engenheiro civil e diretor da Teixeira Duarte Engenharia e Construções, empresa responsável pela a execução do projeto, diz que a construtora adotou muitas frentes de trabalho com o intuito de assegurar o sucesso do empreendimento. “Trabalhamos na aquisição de materiais, contratação de prestação de serviços de arquitetura, elétrica, telecomunicação, automação e sistema de tratamento de AR-HVAC, além da implementação de um sistema de proteção de combate de incêndio”, completa.
A obra foi dividida em cinco etapas. Martins cita alguns dos desafios da implantação do projeto. “Um dos grandes desafios encontrados foi a elaboração do projeto detalhado de HVAC, compatibilização e execução. Todo projeto foi elaborado no sistema BIM (Building Information Modeling – Modelagem de Informações da Construção), facilitando a compatibilização com outras disciplinas”.
5 etapas
Como em qualquer grande empreendimento, a construção do “Novo Laboratório Vacina Dengue” demandou planejamento estratégico e operacional. Martins explica que a empresa organizou a obra em cinco etapas. “A primeira fase da obra foi a de execução dos serviços civis, como alvenaria, emboço, revestimentos cerâmicos, pintura de parede em epóxi, entre outros”, completa.
A segunda etapa foi a de cumprimento das instalações principais, posicionadas acima do forro técnico, como montagem das redes de dutos de ventilação e de eletrocalhas para redes elétricas, telecomunicações e automações. Após o cumprimento dessas instalações foi a vez de implantar os forros e divisórias. Martins explica que essa etapa complementou o trabalhado iniciado na fase anterior. “Em conjunto a montagem de divisórias é realizado a marcação e instalação de caixas de passagem e conduítes de elétrica, automação e telecomunicações”.
Durante a quarta etapa, as obras no Instituto Butantan começaram a ganhar moldes finais. Nesse ponto, começaram a ser feitas as instalações secundárias e os acabamentos, além dos serviços externos, como a construção das calçadas, pisos e plantio de grama.
A última etapa compreende a fase de testes. “São os ensaios nos dutos, instalações, redes elétricas, redes de incêndio, câmaras frias, sistemas de ventilação, balanceamento, estabilidade térmica, telecomunicações”, cita Martins.
Segundo Martins, cada etapa do projeto é desenvolvida de forma integrada. “Foram necessárias reuniões com o cliente e fornecedores de fases distintas do projeto, bem como na terceira parte, referente à infraestrutura de utilidades, que tiveram impactos nas soluções finais do projeto executivo”, completa.
Diferenciais
As novas instalações do Instituto Butantan serão dedicadas à produção de vacinas contra a dengue. A instituição possui o apoio de outros importantes centros de pesquisa, como o National Institutes of Health, o Instituto Adolfo Lutz, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, além de contar com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
Martins explica que a expectativa é de que a ampliação gere uma contribuição ainda maior para o setor da saúde pública. “O maior diferencial deste projeto é o fato de se tratar de um laboratório de biotecnologia, uma entidade de referência mundial nesta matéria”, ressalta Martins. O projeto também enxerga a longo prazo e se mostra adaptável às futuras necessidades que possam surgir.
Martins ressalta que o trabalho contou com tecnologia de ponta, desde a fase de planejamento, até a execução e os testes. O engenheiro afirma outro fator determinante para o sucesso do empreendimento: os cuidados com o desenvolvimento do sistema de gestão. “Trabalhamos com gestão focada no cliente, ética e responsabilidade social, garantindo qualidade nos processos, produtos e serviços, o que foi sempre uma regra básica deste o início dos trabalhos em obra”, completa.
Fonte Grupo Mídia
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