Ainda não há vacina contra o HIV, apenas remédios que evitam o contágio - Freepik
Johnson & Johnson testará a primeira vacina contra o HIV Teste será realizado nos EUA e na Europa; a empresa tem projeto similar em andamento no continente africano, com resultados esperados para 2021 Johnson & Johnson testará vacina contra HIV nos EUA e na Europa
A Johnson & Johnson anunciou na sexta-feira (12) que testará nos Estados Unidos e na Europa uma vacina voltada para combater o vírus da imunodeficiência humana (HIV).
A companhia quer desenvolver uma vacina capaz de fazer frente a uma infinidade de cadeias genéticas do vírus, que muda de maneira constante, enquanto algumas doses estarão dirigidas a cepas concretas, informaram veículos de imprensa americanos.
Por volta de 1,1 milhão de pessoas nos EUA e 2 milhões na Europa vivem com o HIV, que ataca o sistema imunológico do corpo e diminui suas defesas, tornando-o mais suscetível a contrair doenças. Em última instância, o vírus provoca a Aids.
A Johnson & Johnson também está envolvida em um projeto similar na África, um programa que está em sua segunda fase, na qual 2.600 mulheres de cinco países sul-africanos receberão a imunização, com os primeiros resultados esperados para 2021.
A companhia, por meio de seu vice-presidente e chefe do departamento científico, Paul Stoffels, garantiu em maio que “encontrar uma vacina segura e efetiva é um dos grandes desafios de nosso tempo”.
“A Johnson & Johnson e outros participantes garantem que esse esforço científico permanece como uma prioridade global”, disse Stoffels em comunicado.
Atualmente, não existe nenhuma vacina que impeça a infecção, mas existem remédios retrovirais que evitam seu contágio.
O presidente americano, Donald Trump, se comprometeu a acabar com a epidemia de HIV em 2030, uma data que, no caso do estado de Nova York, segundo afirmou o governador Andrew Cuomo, cairá para 2020.
A multinacional que lidera a luta contra o HIV é a Gilead Sciences, que produz o Truvada, um medicamento antirretroviral que consiste em comprimidos de PrEP (Profilaxia Pré-exposição) que paralisam o contágio.
A companhia, que controla um mercado de US$ 26 bilhões, se comprometeu com o governo Trump a doar medicação que reduz o risco de contágio para 200 mil pessoas, de maneira anual e até 2025.
No final de abril, a ViiV Healthcare, uma companhia que tem participação da Johnson & Johnson e da GlaxoSmithKline, apresentou a documentação para um novo tratamento contra o desenvolvimento da doença, que consiste em uma vacina mensal com um sucesso similar ao consumo diário de comprimidos.
Fonte: Portal R7
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