Substância corrosiva era vendida como “remédio milagroso” contra o autismo – Pixabay
Medicamento falso para autismo é retirado do mercado, diz Anvisa Embora proibido, o MMS, um produto químico corrosivo, vinha sendo vendido pela internet como cura milagrosa para a condição; substância pode matar Medicamento falso para autismo é retirado do mercado, diz Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta sexta-feira (26) que fiscalizou e retirou anúncios da internet do produto dióxido de cloro, também comercializado com a sigla MMS.
O uso do dióxido de cloro havia sendo divulgado como “cura milagrosa” para diversas doenças e o autismo. “O produto, na verdade, é uma substância utilizada na formulação de produtos de limpeza, como alvejantes e tratamento de água”, afirmou a Anvisa por meio de nota.
O órgão ressalta que o dióxido de cloro não tem aprovação como medicamento em nenhum país do mundo. “A sua ingestão traz riscos imediatos e a longo prazo para pacientes, principalmente crianças”, apontou a Anvisa.
Trata-se de um produto corrosivo, que também traz riscos pela inalação, cuja manipulação exige uso de equipamento de proteção.
A agência ainda afirmou que a substância química não tem propriedades terapêuticas nem qualquer comprovação de segurança para uso em humanos.
Vale ressaltar que desde junho de 2018, a Anvisa proíbe a fabricação, distribuição, comercialização e uso desse produto. Mesmo assim ele vinha sendo vendido pela internet. “Estava proibido desde o ano passado, mas sua comercialização voltou este ano. A Anvisa, então, voltou a agir e coibir essa comercialização, além de abrir um novo processo de investigação”, afirma Renata Zago, gerente de Inspeção, Fiscalização de Alimentos, Cosméticos e Saneantes da Anvisa.
A agência informou que, nesta quinta-feira (25), já havia solicitado ao site Mercado Livre a retirada de dois anúncios do ar. Segundo o órgão, os anúncios traziam indicações de uso para tratamento para autismo e ofereciam protocolos de uso do produto para seus compradores.
“Estamos trabalhando em parceria com o Mercado Livre e outros sites. Foram derrubados mais de 70 anúncios no Mercado Livre dessa substância”, explica.
A agência disse que está alertando as Vigilâncias Sanitárias de Estados e municípios para que fiscalizem o comércio irregular dessa substância com indicações terapêuticas.
A Anvisa orienta que, caso o anúncio desse produto seja encontrado, deve ser feita uma denúncia na agência pelo telefone 0800 642 9782.
Fonte: Portal R7
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