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A vacina contra câncer de pele desenvolvida pela Moderna com a MSD é personalizada para a necessidade de cada paciente - Emilija Manevska/GettyImages

 

Revolução Personalizada no Tratamento do Câncer de Pele: Uma Esperança Renovada

 

A luta contra o câncer de pele está prestes a ser transformada com o advento da vacina mRNA-4157 (V940), que está atualmente na última fase de testes clínicos. Esta vacina representa um marco na medicina personalizada, pois utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) para criar um tratamento adaptado às características únicas de cada tumor.

O melanoma, o tipo mais letal de câncer de pele, tem sido um desafio constante para os médicos e pesquisadores devido à sua tendência a metastatizar rapidamente. No entanto, a esperança surge com o mRNA-4157 (V940), desenvolvido pela Moderna em parceria com a MSD. Este imunizante inovador promete não apenas tratar, mas também prevenir a recorrência do melanoma em pacientes que já passaram por cirurgia. Informou a CNN.

A fase 3 do estudo clínico está focada em avaliar a eficácia da vacina em combinação com o Keytruda (pembrolizumabe), um medicamento já estabelecido no tratamento do melanoma. Os resultados preliminares são promissores, indicando uma redução significativa no risco de recidiva ou morte. Este avanço é um testemunho do potencial das terapias personalizadas, que podem oferecer uma nova dimensão de tratamento para pacientes com câncer.

O caso de Steve Young, um dos primeiros a receber a vacina nesta fase de testes, ilustra a importância deste avanço. Diagnosticado com melanoma em estágio 2, Young optou por participar do estudo, vendo nele a melhor chance de evitar o retorno da doença. Sua história é um exemplo de como a inovação médica pode oferecer não apenas tratamentos, mas também esperança para aqueles que enfrentam o câncer.

O sucesso da fase 3 será crucial para a aprovação regulatória da vacina, que, se positivo, levará a ensaios de fase 4. Esses ensaios são essenciais para monitorar a segurança e eficácia a longo prazo da vacina em uma população mais ampla.

O desenvolvimento do mRNA-4157 (V940) é um reflexo do compromisso contínuo com a pesquisa e inovação no campo da oncologia. Com a possibilidade de personalizar o tratamento para cada indivíduo, esta vacina tem o potencial de mudar o paradigma do tratamento do câncer de pele, oferecendo uma abordagem mais direcionada e eficaz.

À medida que aguardamos os resultados finais dos testes clínicos, a comunidade médica e os pacientes mantêm um otimismo cauteloso. A possibilidade de uma vacina personalizada contra o câncer de pele é uma perspectiva emocionante e pode representar um avanço significativo na batalha contra esta doença devastadora. Com a ciência e a medicina avançando juntas, o futuro do tratamento do câncer de pele parece mais brilhante do que nunca.

“Sinto-me sortudo por fazer parte deste ensaio clínico. É claro que não me senti tão sortudo quando fui diagnosticado com câncer de pele; na verdade, foi um grande choque, mas agora que fiz tratamento, estou ansioso para garantir que não volte a ocorrer. Esta é a minha melhor chance de parar o câncer”, diz.

 

Como funciona a vacina contra câncer de pele?

A vacina contra câncer de pele desenvolvida pela Moderna e MSD é um tipo de tratamento personalizado, ou seja, a composição do imunizante é alterada para se adequar às necessidades de cada paciente.

Com isso, a vacina instrui o organismo a produzir até 34 proteínas, cada uma visando “neoantígenos”, identificados a partir de sequenciamento genético, que podem estar causando o câncer no paciente tratado. Neoantígenos são proteínas encontradas nas células cancerígenas e a vacina personalizada prepara o sistema imunológico para atacar essas células em cada paciente.

“Esta é uma terapia individualizada e muito mais inteligente, em alguns sentidos, do que uma vacina”, disse Heather Shaw, oncologista e coordenadora nacional do ensaio clínico de fase 3 da mRNA-4157 (V940), ao jornal britânico The Guardian. “É absolutamente personalizado para o paciente – você não poderia dar isso ao próximo paciente na fila porque não esperaria que funcionasse.”

Ao utilizar o Keytruda combinado com o imunizante, é possível bloquear uma ação do sistema imunológico que poderia proteger as células cancerígenas.

“A ideia por trás desta imunoterapia é que, ao estimular o corpo a produzir essas proteínas, ele pode preparar o sistema imunológico para identificar e atacar rapidamente quaisquer células cancerígenas que as contenham, com o objetivo de prevenir a recorrência do melanoma”, explica Shaw, em comunicado.

Os testes estão sendo realizados em vários locais do Reino Unido. Além disso, há cerca de 1.089 pacientes inscritos para o ensaio clínico de fase 3, denominado INTerpath-001, em todo o mundo.

O estudo é randomizado, duplo-cego, controlado por placebo e comparador ativo. Isso significa que todos os pacientes receberão Keytruda, mas alguns receberão a vacina e, outros, placebo — de forma aleatória, sem saberem o que cada um está recebendo.

 

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