Na fábrica da Whirlpool, em Joinville (SC), robô colaborativo da Pollux Automation é instalado na linha de produção - Carlos Junior/Folha Press
Um estudo do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) revelou que o país precisará qualificar tanto profissionais de nível superior quanto técnico para acompanhar as novas exigências do trabalho nas indústrias.
As áreas de nível técnico com mais demanda de capacitação incluem metalmecânica e logística, enquanto as funções de nível superior que mais exigirão treinamento são informática e gestão. Segundo o Senai, o profissional de nível superior que mais exigirá treinamento será o analista de tecnologia da informação — só em São Paulo, a expectativa é de que sejam abertas 140 mil vagas nessa função até 2023.
SP precisa treinar 3,3 milhões de trabalhadores para indústria
No país, profissões ligadas a tecnologia estão entre as que mais devem crescer.
O estado de São Paulo precisa qualificar 3,3 milhões de profissionais para ocupações industriais nos níveis superior, técnico, qualificação e aperfeiçoamento até 2023, segundo o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
A maior parte da demanda é de trabalhadores que já estão empregados e precisam de uma formação continuada, um aperfeiçoamento. Cerca de um quarto necessita de formação inicial, para entrar no mercado de trabalho e ocupar vagas novas ou substituir profissionais que se aposentaram.
Os dados são do Mapa do Trabalho Industrial, elaborado pelo Senai. O estudo, feito com base em estimativas sobre o comportamento da economia brasileira, projeta a demanda futura por formação profissional e o impacto no mercado de trabalho.
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As áreas de nível técnico que mais vão demandar a capacitação de profissionais no estado são transversais, metalmecânica, logística e transporte, eletroeletrônica, informática.
Já para nível superior, informática, gestão, metalmecânica, construção e produção são as que mais vão exigir profissionais qualificados, afirma a pesquisa.
A ocupação de nível superior com maior demanda de capacitação é analista de tecnologia da informação, que fica muito na frente das outras: a demanda esperada é de 140 mil profissionais.
Em seguida, mas em patamar menor do que 20 mil trabalhadores, estão: gerentes de produção e operações em empresa da indústria extrativa, de transformação e de serviços de utilidade pública; engenheiros civis; engenheiros de produção, qualidade e segurança; gerentes de tecnologia da informação; engenheiros mecânicos; entre outros.
O Mapa do Trabalho Industrial também trouxe dados de outros estados. O Rio de Janeiro, por exemplo, terá de qualificar 656 mil trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico, qualificação e aperfeiçoamento até 2023. Já Minas Gerais precisará de 1,17 milhão.
O estudo aponta ainda que o país necessita qualificar 10,5 milhões de trabalhadores para ocupações industriais entre 2019 e 2023.
De acordo com o Mapa, profissões ligadas à tecnologia estão entre as que mais devem crescer nos próximos anos.
A função de condutor de processos robotizados terá a maior taxa de crescimento percentual do número de empregados no período, 22,4%. Como comparação, o crescimento médio estimado para as ocupações industriais é de cerca de 8,5%.
Em seguida aparecem as profissões de técnicos em mecânica veicular; engenheiros ambientais e afins; pesquisadores de engenharia e tecnologia; profissionais de planejamento, programação e controles logísticos; entre outros.
Fonte: LinkedIn / FOLHA DE SÃO PAULO
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