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Subsidiária brasileira da farmacêutica americana contestou afirmações do Ministério da Saúde

by Geert Vanden Wijngaert | Bloomberg

A subsidiária brasileira da farmacêutica americana Pfizer contestou nesta quinta-feira a afirmação do Ministério da Saúde de que a vacinação de adolescentes saudáveis contra a covid-19 “não traz benefícios claramente definidos”, constante na nota técnica emitida na quarta-feira pela pasta para como justificativa para interromper a vacinação para esse público.


Entenda a suspensão de vacinação de adolescentes

Segundo a Pfizer, a vacina demonstrou eficácia de 100% em estudo clínico com jovens de 12 a 15 anos com ou sem infecção prévia por covid-19.

Os ensaios de fase 3 foram realizados no Estados Unidos com 2.260 adolescentes e, segundo o laboratório, apresentaram “respostas robustas na produção de anticorpos com perfil de segurança favorável”. A resposta imunológica gerada pela vacina, defende a farmacêutica em nota, é “muito semelhante” aquela observada em outros grupos etários.

“Com centenas de milhões de doses da vacina Pfizer BioNTech COVID-19 administradas globalmente, o benefício da vacina ComiRNAty permanece estabelecido”, diz o documento.


Pfizer

A Pfizer informou ainda que acompanha o caso de óbito de uma adolescente de 16 anos após receber a primeira dose de seu imunizante em São Bernardo do Campo (SP) e que está ciente de “relatos raros de miocardite e pericardite (inflamações no coração) e outros possíveis eventos adversos” derivados da aplicação de vacinas de RNA mensageiro contra a covid-19, tecnologia usada em seu produto.

A companhia diz que não foi estabelecida relação causal entre o óbito da adolescente e o imunizante por ela fabricado.

A informação tem sido endossada pelo governo de São Paulo e foi acompanhada pelo próprio Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, muito embora ele atribua a interrupção da vacinação em adolescentes saudáveis à investigação de efeitos adversos.

A Pfizer produz a única vacina hoje autorizada pela Agência Brasileira de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em adolescentes entre 12 e 17 anos. A última aprovação da Anvisa nesse sentido veio em 11 de julho deste ano, relativa a jovens de 12 a 15 anos.

Essa liberação também já foi concedida pelas agências regulatórias de saúde dos Estados Unidos e União Europeia (FDA e EMA), além de órgãos análogos em países como Reino Unido, Canadá, Chile, Uruguai, Israel, Dubai, Hong Kong, Filipinas, Cingapura e Japão.

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