Pfizer entrega maior parte de funções criativas ao Publicis Groupe 10 meses após escolher IPG (Crédito: Reprodução)
A mudança de agências ocorre apenas dez meses depois que o IPG foi premiado com o negócio criativo da farmacêutica
A Pfizer está transferindo a maioria de suas funções criativas do IPG para o Publicis Groupe. A mudança ocorre quase um ano depois que a gigante farmacêutica escolheu novas agências parceiras.
O IPG foi nomeado principal parceiro criativo da Pfizer em maio do ano passado. À época, a empresa também entregou ao Publicis o que chamou de “motor global integrado”, como resultado de um processo de concorrência que durou três meses.
Agora, espera-se que a mudança transfira o trabalho criativo do IPG Health, bem como da FCB, para o Publicis, segundo fontes familiarizadas com a situação. Segundo elas, o IPG Health está mantendo projetos com foco hospitalar. Já a Weber Shandwick, de propriedade do IPG, está responsável pelo trabalho de PR.
Um porta-voz da Pfizer confirmou a mudança. Procurada pela reportagem, o Publicis não comentou o caso.
“À medida que a Pfizer evolui o seu modelo de marketing, a empresa está profundamente comprometida com a parceria flexível entre duas agências que foi estabelecida no ano passado”, escreveu a farmacêutica em um comunicado enviado por e-mail. “Publicis e IPG, cada um com suas respectivas áreas de responsabilidade, continuarão a ajudar a impulsionar comunicações de marketing integradas de ponta e baseadas em dados, focadas no valor de nossa ciência e em nossos avanços”.
A farmacêutica também trabalhou com outras agências fora das duas holdings, como a Work & Co.
Nova fase criativa
A mudança de agência segue a estreia da marca corporativa da Pfizer no Super Bowl. Um comercial de 60 segundos com o hit “Don’t Stop Me Now”, do Queen, apresentou os 175 anos de compromisso da Pfizer com a ciência.
A ação foi fruto de uma colaboração entre a Pfizer, Publicis Conseil, Le Truc e Publicis NY, de acordo com um porta-voz da organização à época.
A receita da farmacêutica caiu 42% em 2023, passando para US$ 58,5 bilhões, em meio à diminuição da demanda por seus produtos Covid-19, incluindo vacinas. A receita do quarto trimestre caiu 41%, para US$ 14,25 bilhões. Durante o período, a companhia perdeu quase US$ 3,4 bilhões.
Frente ao cenário, a Pfizer buscou distanciar-se do coronavírus com a presença no Super Bowl. Para isso, destacou seu trabalho em oncologia. O anúncio apresentou o site LetsOutdoCancer.com, uma vez que destina cerca de 40% do seu investimento em pesquisa e desenvolvimento ao tratamento do câncer.
Fonte: Meio e Mensagem
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