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Primeira vacina contra o VSR pode ser aprovada pela agência FDA até o final deste ano (Imagem: SteveAllenPhoto999/Envato)

 

Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | Canaltech

 

Apesar dos avanços científicos das últimas décadas, ainda não existe uma vacina eficaz e segura para prevenir infecções das vias aéreas provocadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR). No entanto, o cenário deve mudar até o final do ano de 2023 e a doença — ignorada por tantos anos, apesar das milhares de mortes anuais que desencadeia — poderá enfim ser prevenida.

Na corrida pela primeira vacina contra o VSR, farmacêuticas já começam a anunciar os resultados de estudos clínicos de Fase 3 — a última etapa de pesquisa para que um novo imunizante chegue ao mercado. São os casos das empresas norte-americanas Pfizer e Moderna. Em paralelo, a GSK também trabalha no desenvolvimento de uma fórmula do tipo.

 

Primeira vacina contra o VSR

Na semana passada, a Moderna apresentou dados promissores da Fase 3 dos estudos clínicos do seu imunizante contra o VSR em idosos — pessoas com mais de 60 anos. No grupo, considerado de risco para a infecção respiratória, a vacina teve uma taxa de eficácia de 83,7% na prevenção da doença com sintomas.
Em novembro de 2022, a Pfizer informou a sua fórmula contra o VSR, quando aplicada em mulheres durante a gravidez, induzia boa proteção nos bebês. No estudo também de Fase 3, foi possível concluir que a vacina reduz em 82% o risco de casos graves nos primeiros três meses de vida e cerca de 69% nos seis meses seguintes do bebê. As mães também estavam protegidas.
No momento, a Pfizer e a Moderna já comunicaram que devem enviar os dados obtidos nos ensaios clínicos para análise de agências reguladores de todo o globo, iniciando o processo pela Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos.
 

Impacto do VSR no mundo e as milhares de mortes anuais

Vale explicar que o VSR é uma das principais causas de infecções no trato respiratório inferior e de quadros de pneumonia. É também conhecido por ser altamente contagioso e ter um comportamento sazonal — casos são mais frequentes entre o inverno e o início da primavera.

De forma geral, o risco de complicações e óbitos está mais associado com idosos e bebês. Por exemplo, no mundo, são estimadas 100 mil mortes anuais pelo vírus em crianças pequenas, segundo Harish Nair, da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido. Para os mais velhos, o especialista defende que não existem estatísticas confiáveis, já que poucos casos são testados.

Se o vírus pode ser encarado como uma grave ameça para os grupos mais vulneráveis, o comportamento é outro entre os indivíduos saudáveis. Geralmente, a infecção se assemelha com um resfriado comum ou uma gripe em pessoas com boas condições de saúde.

 

Fonte: Com informações: New Scientist e Pfizer

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