Vacina da Oxford será testada no Brasil em parceria com a Unifesp - Imagem: iStock
As pesquisas em curso da Universidade de Oxford para desenvolver uma vacina contra a COVID-19 indicam que esta ofereceria o nível duplo de proteção buscado pelos cientistas, informa a imprensa britânica.
Questionada pela AFP, a universidade respondeu apenas que parte dos resultados sobre a segurança da vacina será publicado na revista médica The Lancet na próxima segunda-feira.
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De acordo com o jornal Daily Telegraph, a primeira fase dos testes clínicos em humanos demonstrou que a vacina gera uma resposta imune contra o vírus, com anticorpos e linfócitos T, “células assassinas” contra a infecção.
“É a combinação dos dois que esperamos que proteja as pessoas”, afirmou uma fonte ao Daily Telegraph. “É um momento importante, mas ainda resta um longo caminho por percorrer”.
Os resultados, classificados como “extremamente promissores” por uma fonte anônima de alto nível citada pelo jornal, ainda não permitem saber qual seria a duração da proteção oferecida pela vacina.
O projeto, em parceria com o laboratório AstraZeneca, é considerado um dos mais promissores entre as várias pesquisas em curso no planeta.
A Universidade de Oxford, que também tem o projeto financiado pelo governo do Reino Unido, estabeleceu uma associação com o laboratório farmacêutico para a fabricação e distribuição da vacina em desenvolvimento, para que possa estar disponível de maneira rápida e em larga escala em caso de sucesso.
A vacina desenvolvida pelos pesquisadores de Oxford é baseada em um adenovírus modificado, que geralmente afeta os chimpanzés.
De acordo com a universidade, “gera uma resposta imune forte com apenas uma dose e não é um vírus que se replica, portanto não pode causar uma infecção contínua no indivíduo vacinado”.
Os testes da Universidade de Oxford estão direcionados atualmente a 4.000 voluntários no Reino Unido, aos quais serão adicionados outros 10.000.
Também começou a ser testada no Brasil, onde 5.000 participantes poderão ser beneficiados.
Os cientistas esperam comprovar a eficácia da vacina no outono (hemisfério norte, primavera no Brasil).
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