Forma farmacêutica' são manipuladas de acordo com a preferência do animal e é feito sob medida; em Montes Claros empresa aposta na novidade.
Por Nátila Gomes, Montes Claros, MG
udança de comportamento, falta de apetite e aparência triste podem ser sinais de que a saúde do pet não vai bem. Mas, junto com a descoberta, vem o sufoco: eles não querem tomar os remédios receitados pelo veterinário. E agora? A solução pode ser encontrada na chamada ‘forma farmacêutica’, que são alternativas para driblar essa resistência. Entre os produtos estão os biscoitos, cápsulas, xaropes e pastas com sabores tradicionais de carne e frutas.
Carne de frango é um dos sabores preferidos da poodle Handy, de 15 anos, que tem problemas no coração e pulmão. A tutora Lilian Santos encontrou nos remédios manipulados uma saída para acabar com a ‘cara feia’ na hora de medicar a Handy. Para ela, a facilidade adquirida após inserir essa forma farmacêutica na rotina da poodle é significativa, pois faz a associação de vários ativos em uma mesma fórmula.
“Eu uso o remédio em forma de biscoito e isso ajuda demais na hora de medicá-la. Antes era uma dificuldade, eu colocava o remédio escondido na comida e ela só comia o alimento e deixava o remédio. Além disso, é interessante que por Handy ser idosa, é feito um biscoito mais macio, que facilita a ingestão. Eu trato de duas doenças com um único produto”, diz.
Crescimento do mercado
Clara Mota é proprietária de uma franquia em Montes Claros especializada na produção de medicamentos para animais e diz que os produtos especiais têm tido boa aceitação por parte dos norte-mineiros. “A demanda cresce a cada ano. Observamos o aumento da procura de 50% em 2017. Embora a produção esbarre numa questão do cenário sócio-econômico na região, apostamos na melhora do investimento dos tutores para este ano”, comenta.
A empresária ainda ressalta que grande parte desse crescimento está ligado ao fato de que muitos princípios dos remédios manipulados têm custo-benefício baixo, o que garante a economia em 30% se comparado aos produtos industrializados.
Ao observar a demanda, o farmacêutico Diogo Fonseca constatou que um dos produtos mais solicitado são os responsáveis pelo combate da leishmaniose. “É uma doença endêmica na cidade, por isso os tutores tem ficado preocupados e buscam alternativas mais eficazes de tratamento”, finaliza.
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