Estudo realizado na Universidade Northwestern, em parceria com a Google, testa software que pode melhorar eficácia em até 5% dos casos
Um estudo recente realizado por cientistas da Universidade Northwestern, em Illinois, nos EUA, confirmou que um software de inteligência artificial do Google pode melhorar em até 5% a eficácia do diagnóstico em casos de câncer de pulmão, além de reduzir os diagnósticos chamados de falsos positivos em 11%. Esses resultados foram publicados na revista Nature Medicine.
Atualmente, o câncer de pulmão mata mais do que qualquer outro tumor, chegando a 1,8 milhão de vítimas por ano. Um dos principais fatores é o tabagismo. Por isso, no caso de fumantes, os EUA recomendam exames preventivos.
O objetivo do estudo era utilizar a inteligência artificial para determinar se a análise de tomografias computadorizadas poderia ser aprimorada. Por isso, na primeira etapa o software foi treinado por meio de 42 mil imagens de tomografias de pulmão de quase 15 mil pacientes. Os pesquisadores não indicaram o que o dispositivo deveria procurar, só apontaram quais pacientes tinham câncer e quais não. Em seguida, o software foi testado com uma equipe de seis radiologistas especializados na interpretação de tomografias e se saiu melhor.
De acordo com os pesquisadores, por vezes, a inteligência artificial é capaz de sinalizar um nódulo pulmonar que, em todos os aspectos, parece benigno, mas ainda assim o programa acredita que não é. Isso ajudaria a identificar tumores em estágio inicial.
Além disso, o software poderia ser usado como uma alternativa de biópsia menos invasiva. Apesar dos bons resultados, o software de inteligência artificial ainda não está pronto para uso clínico, mas deve ser testado em breve.
Com informações BBC
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