Owen Beard, Unsplash

Estudo realizado na Universidade Northwestern, em parceria com a Google, testa software que pode melhorar eficácia em até 5% dos casos

PAULA FILIZOLA
Metrópoles

Um estudo recente realizado por cientistas da Universidade Northwestern, em Illinois, nos EUA, confirmou que um software de inteligência artificial do Google pode melhorar em até 5% a eficácia do diagnóstico em casos de câncer de pulmão, além de reduzir os diagnósticos chamados de falsos positivos em 11%. Esses resultados foram publicados na revista Nature Medicine.

Atualmente, o câncer de pulmão mata mais do que qualquer outro tumor, chegando a 1,8 milhão de vítimas por ano. Um dos principais fatores é o tabagismo. Por isso, no caso de fumantes, os EUA recomendam exames preventivos.

O objetivo do estudo era utilizar a inteligência artificial para determinar se a análise de tomografias computadorizadas poderia ser aprimorada. Por isso, na primeira etapa o software foi treinado por meio de 42 mil imagens de tomografias de pulmão de quase 15 mil pacientes. Os pesquisadores não indicaram o que o dispositivo deveria procurar, só apontaram quais pacientes tinham câncer e quais não. Em seguida, o software foi testado com uma equipe de seis radiologistas especializados na interpretação de tomografias e se saiu melhor.

De acordo com os pesquisadores, por vezes, a inteligência artificial é capaz de sinalizar um nódulo pulmonar que, em todos os aspectos, parece benigno, mas ainda assim o programa acredita que não é. Isso ajudaria a identificar tumores em estágio inicial.

Além disso, o software poderia ser usado como uma alternativa de biópsia menos invasiva. Apesar dos bons resultados, o software de inteligência artificial ainda não está pronto para uso clínico, mas deve ser testado em breve.

Com informações BBC

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