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Valor Econômico / Site 
Jornalista: Allan Ravagnani

11/06/20 - A farmacêutica japonesa Takeda anunciou a venda da divisão de remédios isentos de prescrição e de ativos não essenciais na região Ásia Pacífico para a sul-coreana Celltrion por US$ 278 milhões, sendo US$ 266 milhões adiantados e até US$ 12 milhões em pagamentos posteriores. As ações empresa fecharam em queda de 1,29% na bolsa de Tóquio, a 4.062 ienes.

O portfólio a ser vendido para a Celltrion inclui uma variedade de produtos de balcão não controlados e produtos farmacêuticos nas áreas terapêuticas cardiovascular, diabetes e medicina geral, vendidos predominantemente na Austrália, Hong Kong, Macau, Malásia, Filipinas, Cingapura, Coreia do Sul, Taiwan e Tailândia.

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Esses produtos geraram receita líquida de aproximadamente US$ 140 milhões no ano fiscal de 2018, impulsionada pelos itens de prescrição Nesina e Edarbi. Embora os produtos continuem com boas vendas, eles estão fora das áreas escolhidas pela Takeda para sua estratégia de crescimento de longo prazo - gastroenterologia, doenças raras, terapias derivadas de plasma, oncologia e neurociência.

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“A Takeda deve se concentrar em acelerar a disponibilidade comercial de nossos medicamentos altamente inovadores para pacientes que vivem com condições complexas e raras e em expandir nossa abordagem de acesso a medicamentos em toda a região”, disse Ricardo Marek, presidente da unidade de desenvolvimento em mercados emergentes da farmacêutica japonesa.

A Takeda fez um forte progresso em seu programa de desinvestimento. Em março de 2020, concluiu as vendas de ativos não essenciais abrangendo a região Rússia- CEI para a Stada, por US$ 660 milhões, e em países abrangendo a região do Oriente Próximo, Oriente Médio e África para a Acino, por US$ 200 milhões. Em julho de 2019, vendeu a Xiidra para a Novartis, por até US$ 5,3 bilhões.

Além disso, no início deste ano, anunciou as vendas de produtos não essenciais na América Latina para a farmacêutica brasileira Hypera Pharma, por US$ 825 milhões, e na Europa, para o Orifarm Group, por até aproximadamente US$ 670 milhões, incluindo a venda de duas fábricas na Dinamarca e Polônia.

No Brasil, a Takeda fabrica remédios populares sem prescrição como Neosaldina, Eparema e Luftal.

A farmacêutica pretende usar os recursos das vendas para continuar a reduzir sua dívida e acelerar a desalavancagem em direção à meta de 2 vezes a relação entre dívida líquida / Ebitda ajustado entre março de 2022 e março de 2024.

A Celltrion é uma empresa biofarmacêutica de Incheon, Coreia do Sul, especializada na pesquisa, desenvolvimento e fabricação de pequenas moléculas, biossimilares e medicamentos inovadores.

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