Considerado o ‘Santo Graal’ contra a enxaqueca, o Erenumab é o primeiro medicamento que tem como alvo específico a proteína tida como responsável pela enxaqueca
Órgãos de saúde da União Europeia aprovaram o primeiro medicamento voltado exclusivamente para prevenir a enxaqueca. Considerado o “Santo Graal” contra a enxaqueca, o Erenumab também é conhecido como Aimovig. Ele é o primeiro medicamento que tem como alvo específico a proteína tida como responsável pela enxaqueca: o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina. Em vez de apenas mascarar o desconforto com analgésicos, o Erenumab trabalha na prevenção da enxaqueca, bloqueando o processo de inchaço dos vasos sanguíneos do cérebro, que se entrelaçam com as terminações nervosas causando a dor.
Futuramente, o Aimovig poderá ser fornecido pelo sistema de saúde pública do Reino Unido, dependendo apenas da avaliação de agências inglesas e escocesas. A Novartis, que fabrica o medicamento, informou que a nova droga já deve estar disponível no Reino Unido nas próximas seis semanas, primeiramente para cuidados particulares, segundo informou o jornal The Sun.
Estima-se que cerca de 600 mil pessoas sofram com enxaqueca crônica em todo o Reino Unido. Não há nenhuma cura registrada para enxaquecas, mas uma série de tratamentos está disponível para aliviar as dores.
O medicamento poderá ser ministrado a qualquer pessoa que sofra de, pelo menos, quatro enxaquecas por mês. Segundo o jornal britânico, cada injeção da droga está custando cerca de US$ 574 nos Estados Unidos, onde está disponível desde que foi aprovada, em maio deste ano.
Ao Guardian, a Novartis explicou que o Erenumab é o primeiro tratamento licenciado para prevenir a enxaqueca. De acordo com a fabricante, o remédio pode ser auto-aplicado, com uma dose por mês. Segundo os testes, o medicamento conseguiria reduzir em 50% o número médio de dias que o paciente sofre de enxaqueca por mês.
“Erenumab é o primeiro e único tratamento licenciado projetado especificamente para prevenir a enxaqueca, demonstrando nosso compromisso com o desenvolvimento de terapias inovadoras para pessoas que vivem com algumas das condições mais debilitantes”, afirmou Haseeb Ahmad, diretor administrativo da Novartis no Reino Unido e na Irlanda, ao Guardian.
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