O primeiro medicamento não hormonal para o tratamento de ondas de calor causadas em mulheres na menopausa foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) nesta sexta-feira (12). A FDA funciona como uma espécie de Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dos Estados Unidos e a aprovação do remédio pela agência é um marco importante para que ele seja comercializado no mundo.
Vendida como Veozah, a droga funciona atingindo o neurônio do cérebro que fica descontrolado quando o estrogênio cai, processo que geralmente ocorre em mulheres durante a menopausa.
O que você precisa saber
- Medicamento aprovado contra ondas de calor não é hormonal;
- É recomendado para sintomas graves e moderados;
- Voltado para mulheres na faixa dos 50 anos na menopausa.
"As ondas de calor como resultado da menopausa podem ser um fardo físico sério para as mulheres e afetar sua qualidade de vida". Comentou a Dra. Janet Maynard, funcionária do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA ao The New York Times.
Como são os tratamentos atuais contra ondas de calor na menopausa?
Atualmente, os tratamentos normalmente usam hormônios. No entanto, muitos medicamentos à base de estrogênio e progestina foram associados a riscos elevados de coágulos sanguíneos e derrames. Mesmo que hoje pesquisas indiquem que os riscos são baixos em mulheres com mais de 50 anos, muitas preferem alternativas.
De acordo com a FDA, as pesquisas com o Veozah mostram que ele teve alguns efeitos colaterais leves, como dor de estômago e diarreia. A recomendação é que os pacientes façam exames de sangue antes de iniciarem o tratamento, para descartarem a presença de doenças hepáticas.
Pacientes com sintomas relacionados a danos no fígado – como náusea, vômito ou amarelecimento da pele e dos olhos – devem entrar em contato com um médico
Comunicado da FDA
Sem dúvida o principal empecilho para o uso da nova droga neste momento é seu custo. Nos EUA, ela deve custar cerca de 500 dólares (cerca de R$ 2,4) para um tratamento de 30 dias.
O preço alto é uma barreira enorme para a comercialização do medicamento. No momento, não há previsão se o remédio vai ter seu preço reduzido.
Comentários