Em um país continental como o Brasil os desafios da vacinação são bem complexos, principalmente com relação à logística, que envolve as características termossensíveis das vacinas, novas tecnologias de controle de temperatura e regulações disponíveis, outros relacionados à acesso e sustentabilidade, e transversal a tudo isso, a questão de recursos humanos e capacitação.
O processo é iniciado pelo Ministério da Saúde, que disponibiliza as insumos, passa pela Bio-Manguinhos/Fiocruz, fabricante e fornecedor de vacinas e único laboratório produtor de imunobiológico do Ministério da Saúde e chega até o consumidor através de transporte refrigerado.
A sensibilidade da temperatura garante a qualidade do insumo e a potência dos Programas Nacionais de Imunização (PNI), que tem a responsabilidade de suprir os estados e municípios das vacinas necessárias, enquanto os mesmos ficam a cargo da execução das ações de imunizações e hoje conta com 19 vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde, e disponibilizadas à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). São elas: Poliomielite Oral, BCG, Sarampo, Difteria, Tetano, Coqueluche, Rotavirus, HPV, Gripe, Caxumba, Rubéola, Hib, Hepatite e outras.
Medidas estratégicas para driblar os desafios do Cold Chain
A Bio-Manguinhos/Fiocruz participa desse fluxo e explica que são inúmeras dificuldades que afetam o programa público de vacinação. “A diversidade geográfica, logística de operações, questões econômicas, dificuldade de acesso às vacinações, complexidade do calendário vacinal, e outras como “fake news” e correntes anti-vacinais… Tudo isso colabora. Por isso, é fundamental entender as condições e a forma como a vacina chega até o posto, para planejarmos os produtos com as melhores características possíveis para a manutenção da qualidade até a ponta.” comenta Gisele Miranda, Technical Advisor na Bio-Manguinhos/Fiocruz.
Já a farmacêutica e gerente de Desenvolvimento Estratégico em Cold Chain do Grupo Polar, Liana Montemor, destaca o compromisso de uma empresa especializada em soluções estratégicas para transporte e armazenamento refrigerado. Ela explica a importância de investir continuamente em pesquisa e tecnologia, para manter as condições ideais de temperatura dos insumos. Afinal, um deslize impacta em alto custo logístico, podendo até gerar um desabastecimento para a saúde pública.
Uma vez que todas as vacinas antes de serem transportadas passam por um rigoroso estudo baseado nos parâmetros do “Guia para Qualificação de Transportes de Produtos Biológicos” da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2017, uma solução para driblar os desafios entre fornecedor e cliente é a qualificação térmica da embalagem e os testes mecânicos, que são complexos o suficiente para garantir a integridade dos medicamentos durante o transporte. “Isto porque uma quebra na cadeia, pode fazer com que um lote inteiro seja descartado e com ele as propriedades das vacinas, que é o que mais importa no fim das contas.” garante a farmacêutica.
O Grupo Polar é pioneiro e possui expertise nesse processo de transporte e logística. Há quase 20 anos com experiência, é preferência entre as principais companhias da indústria farmacêutica, logística e laboratorial.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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