imagem gerada com IA - Copilot
por Joni Mengaldo
O mercado de trabalho brasileiro entra em 2026 como um verdadeiro laboratório de transformação. A consolidação da inteligência artificial não apenas redefine funções, mas também abre espaço para novas oportunidades que exigem coragem, atualização constante e visão estratégica.
Profissionais técnicos, especialistas em segurança da informação, educadores e profissionais da saúde despontam como protagonistas de uma era em que o conhecimento aplicado e a capacidade de adaptação se tornam diferenciais. Enquanto isso, funções operacionais e repetitivas perdem tração diante da automação, revelando um cenário em que a criatividade e o domínio tecnológico são mais valiosos do que nunca.
Dados recentes mostram que o otimismo é palpável.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou uma taxa de desemprego de apenas 5,4% no trimestre encerrado em outubro, o menor índice desde 2012. Esse marco histórico reforça a ideia de que o país vive um momento de pleno emprego, impulsionado por setores estratégicos e pela digitalização acelerada.
Empresas de tecnologia e consultorias de recrutamento confirmam a tendência: carreiras ligadas à engenharia de software, análise de dados e segurança da informação estão em franca expansão, especialmente quando somadas a competências de negócios. Mas não é apenas quem atua diretamente com tecnologia que colhe frutos. Áreas como educação, saúde e serviços também oferecem remunerações mais atrativas para quem se qualifica em dados, planejamento e programação.
A construção civil, por sua vez, mostra vigor ao liderar a criação de vagas, com crescimento de 3,4% no último trimestre. Esse desempenho reforça que o mercado não se resume ao digital: há espaço para quem alia conhecimento técnico à força da economia real.
Por outro lado, cargos operacionais e funções repetitivas enfrentam retração. Assistentes de TI, desenvolvedores front-end e auxiliares de manutenção registram queda no número de vagas, refletindo uma mudança estrutural nas empresas, que hoje operam com menos camadas hierárquicas e maior integração entre níveis estratégicos e táticos.
A chamada “bolha da programação” também trouxe ajustes.
Após a explosão de contratações durante a pandemia, o setor vive uma fase de reorganização.
Salários inflacionados deram lugar a uma “juniorização” da profissão, exigindo dos desenvolvedores atualização constante e domínio de idiomas para alcançar melhores remunerações. Em contrapartida, engenheiros de inteligência artificial chegam a receber entre R$ 19.500 e R$ 27.100, segundo o Guia Salarial 2026 da Robert Half.
Cursos técnicos voltam a ganhar protagonismo. Instituições como o Senai-SP destacam que formações em automação, indústria 4.0, mecatrônica e biotecnologia são hoje passaportes para carreiras sólidas e bem remuneradas. O ciclo tecnológico, que antes levava décadas para se consolidar, agora se reinventa em poucos anos, exigindo atualização constante e mentalidade de aprendizado contínuo.
O recado é claro: 2026 não é apenas mais um ano no calendário profissional. É o momento em que cada trabalhador precisa se reinventar, abraçar a tecnologia e transformar desafios em oportunidades. A carreira, mais do que nunca, é um projeto de vida em constante evolução.
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Fonte: Época Negócios
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