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Novos desafios das empresas, muitos deles motivados pela digitalização, exigem competências técnicas e humanas cada vez mais especializadas e difíceis de encontrar. A escassez de talentos é uma das consequências, e a crescente rotatividade dos profissionais acentua esta carência.
Existe hoje uma acentuada discrepância entre as necessidades dos empregadores e as competências disponíveis no mercado. A escassez de talento atingiu valores máximos, com 85% dos empregadores a manifestar dificuldade em preencher as vagas que lançam para o mercado. “Esta situação representa uma acentuada tendência face a 2021, com um aumento de 15%.
“O poder de escolha passou para os trabalhadores e os líderes precisam de ouvir, aprender e adaptar-se se quiserem manter o talento de que precisam na sua equipa”, afirma Rui Teixeira, do ManpowerGroup
Mudanças que vieram para ficar
A pandemia veio intensificar muitas das tendências que já se sentiam no mercado de trabalho, trazendo outras mudanças que as empresas de todos os setores tiveram de se adaptar e responder, e que, acredita Rui Teixeira, irão permanecer ao longo dos próximos tempos. Por isso, 58% dos trabalhadores vão precisar de novas competências.
“As forças transformadoras que falamos há mais de uma década – as alterações demográficas, a disrupção tecnológica, a crescente sofisticação dos clientes e a maior capacidade de escolha dos consumidores finais – aceleraram, e estão a convergir para moldar um novo futuro do trabalho e um papel mais amplo das empresas na entrega de valor à sociedade”, defende o responsável do ManpowerGroup em Portugal, que destaca a crescente diversidade como um enorme desafio. “As mudanças demográficas estão trazendo múltiplas gerações para a força de trabalho, o que exige a criação de uma cultura de inclusão consciente, onde todos são chamados a participar e todas as opiniões são valorizadas”, reforça.
Outros desafios como a escolha individual dos colaboradores, que procuram cada vez mais flexibilidade, capacidade de escolha e modelos de trabalho híbrido, que lhes permitam combinar trabalho remoto e no escritório de forma mais vantajosa, ou o bem-estar e o propósito, que se juntam a valores ‘mais tradicionais’, como a remuneração competitiva, as boas condições de trabalho, e o desenvolvimento de competências, têm que estar bem presentes na estratégia das empresas e das suas lideranças.
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