Defibrotida poderá ser usado para quem apresentar doença veno-oclusiva
O transplante de medula óssea, também chamado por transplante de células-tronco hematopoiéticas, é parte importante do tratamento dos diferentes tipos de cânceres hematológicos, como as leucemias e os linfomas.
Quando o procedimento é realizado com as próprias células do paciente (autólogo), os problemas enfrentados no pós-TMO não são tão graves. Porém, no transplante alogênico, isto é, quando as células vêm de um doador (aparentado ou não), seja ele 100% ou 50% compatível, é diferente.
No transplante alogênico é bastante comum que, após o procedimento, o corpo “lute contra” as células doadas e aí o paciente passa a apresentar diferentes problemas, dentre eles a síndrome veno-oclusiva (VOD), também chamada por síndrome da obstrução sinusoidal (SOS).
A doença é caracterizada pela obstrução e inflamação dos pequenos ramos intra-hepáticos das veias hepáticas, ou seja, dos vasos que saem do fígado. Isto faz com que o sangue fique acumulado no fígado e, consequentemente, no intestino e no baço.
Dentre os sintomas, que podem surgir até 30 dias após o TMO, estão desconforto abdominal, ganho de peso, aumento do baço e do fígado e também icterícia.
Então, para ajudar a combater a síndrome veno-oclusiva, o medicamento Defibrotida (nome comercial, Defitelio) foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para uso em pacientes adultos e crianças após o transplante de medula óssea.
Agora, o produto seguirá para a análise e aprovação de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e, logo após, passará a ser comercializado no Brasil.
Fonte: Comunicação Abrale.
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