Nova opção de imunomodulador atende pacientes com mieloma múltiplo recidivado ou refratário
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o imunomodulador Pomalyst® (pomalidomida) para o tratamento do Mieloma Múltiplo. A doença representa 10% dos tumores hematológicos e 1% de todos os tipos de câncer diagnosticados entre a população. A enfermidade se desenvolve quando os plasmócitos tornam-se defeituosos e se acumulam na medula óssea. Essas células são chamadas de células malignas, ou células do mieloma.
Pomalyst® (pomalidomida), em combinação com bortezomibe e dexametasona, é indicado para o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo recidivado ou refratário que receberam pelo menos um esquema de tratamento anterior, incluindo lenalidomida. A recidiva acontece quando a doença persiste, mesmo após o início do tratamento. O padrão dos pacientes com a recidiva é heterogêneo, podendo evoluir e chegar a ser uma doença agressiva.
Além disso, a pomalidomida, em combinação com dexametasona, é indicada para o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo recidivado e refratário que receberam pelo menos dois regimes de tratamento anteriores, incluindo lenalidomida e bortezomibe, e demonstraram progressão da doença na última terapia. O diagnóstico da doença acontece, muitas vezes, a partir da reclamação do paciente de dores ósseas persistentes. O Mieloma Múltiplo pode ser descoberto por meio de exames de rotina, mas a confirmação do diagnóstico requer a combinação de exames mais detalhados. A forma mais precisa de identificar a doença é pela biópsia de medula óssea, que rastreia alterações na produção de plasmócitos.
A pomalidomida também está aprovada em combinação com outros medicamentos, como elotuzumabe, daratumumabe e isatuximabe, para o tratamento do Mieloma Múltiplo.
Os medicamentos imunomoduladores atuam no sistema imunológico dos pacientes. Esses fármacos buscam conduzir à resposta normal das células imunocompetentes, mas o mecanismo de ação no sistema imune ainda não é claro. Atualmente, no Brasil, o tratamento do mieloma múltiplo pode ser feito através de quimioterapia, inibidores do proteassoma, imunoterapia, bisfosfonatos, transplantes de células-tronco hematopoiéticas e imunomoduladores, que regulam o funcionamento do sistema imunológico.
Os eventos adversos mais comuns observados em pacientes tratados com pomalidomida incluíram fadiga ou astenia, febre, constipação, diarreia, náuseas, anemia, neutropenia (contagem baixa de glóbulos brancos), trombocitopenia (contagem baixa de plaquetas), edema periférico (inchaço dos membros devido à retenção de líquidos), neuropatia periférica (danos nos nervos causando formigamento, dor e dormência nas mãos e pés) e infecções incluindo pneumonia (infecção dos pulmões). A pomalidomida é um análogo da talidomida, um agente teratogênico humano conhecido que provoca malformações em fetos. O efeito teratogênico da pomalidomida em humanos não pode ser descartado. Portanto, a pomalidomida não deve ser administrado em mulheres que estão grávidas ou que podem engravidar durante a administração do medicamento, a menos que todas as condições do Programa de Prevenção de Gravidez sejam cumpridas. Uma vez que o medicamento pode passar para o sêmen, o medicamento também não deve ser utilizado em homens que não consigam cumprir as medidas contraceptivas exigidas.
Fonte: Bristol Myers Squibb
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