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Argentina de 39 anos pede 100 milhões de pesos após médicos atribuírem um diagnóstico de síndrome de Guillain-Barré à vacina da covid

 

Um caso recente na Argentina chamou a atenção para a complexa questão da segurança das vacinas e para as implicações legais dos potenciais efeitos adversos. Uma mulher argentina de 39 anos iniciou um processo judicial contra a empresa farmacêutica AstraZeneca e o governo argentino, buscando compensação pelo que ela afirma serem efeitos adversos experimentados após receber a vacina COVID-19. O caso, que está em andamento desde janeiro de 2022, envolve um pedido de indenização de 100 milhões de pesos. Informou o jornal La Nación na última 3ª feira (14.mai.2024).

A mulher alega que foi diagnosticada com síndrome de Guillain-Barré por neurologistas, que associaram a condição à vacina COVID-19. A síndrome de Guillain-Barré é uma doença rara em que o sistema imunológico do corpo ataca os nervos e, neste caso, levou à quadriparesia – uma condição caracterizada por fraqueza nos quatro membros. A reclamante afirma que se sentiu pressionada social e profissionalmente para se vacinar e que começou a sentir fortes dores e fraqueza nas pernas logo após receber a vacina, que rapidamente evoluiu para uma incapacidade de ficar em pé.

A ação inclui pedidos de danos morais, invalidez e perda de qualidade de vida, citando relação direta entre a vacinação da AstraZeneca e a incapacidade do reclamante para o trabalho. Em resposta a perguntas da imprensa, a AstraZeneca afirmou que não comenta litígios em curso, mas estende as suas mais profundas condolências a qualquer pessoa que tenha perdido um ente querido ou relatado problemas de saúde. A empresa enfatiza que a segurança do paciente é a sua principal prioridade e que as autoridades reguladoras possuem padrões claros e rigorosos para garantir o uso seguro de todos os medicamentos, incluindo vacinas.

Em nota enviada ao La Nación, a farmacêutica disse não comentar processos em andamento.

“Na AstraZeneca não comentamos litígios em andamento. Estendemos nossas mais profundas condolências a qualquer pessoa que perdeu um ente querido ou relatou problemas de saúde. A segurança do paciente é a nossa principal prioridade e as autoridades reguladoras têm padrões claros e rigorosos para garantir o uso seguro de todos os medicamentos, incluindo vacinas”, disse.

Este caso faz parte de um contexto mais amplo onde a AstraZeneca reconheceu pela primeira vez em tribunal que a sua vacina COVID-19 pode causar um “efeito adverso raro”. Esta admissão surge no meio de uma acção colectiva envolvendo 51 famílias que pedem uma indemnização de até 100 milhões de libras, conforme noticiado pelo jornal britânico The Telegraph.

A situação realça os desafios enfrentados pelas empresas farmacêuticas, entidades reguladoras e indivíduos no que diz respeito à segurança das vacinas e à gestão de efeitos adversos raros mas graves. Salienta também a importância de quadros jurídicos e regulamentares robustos para dar resposta a estas preocupações, garantindo ao mesmo tempo que os benefícios dos programas de vacinação, que têm sido fundamentais para controlar a propagação da COVID-19, continuam a ser concretizados pela população mundial.

À medida que os processos judiciais prosseguem, os resultados de tais casos podem ter implicações significativas para as políticas de saúde pública, o desenvolvimento de vacinas e a gestão de complicações relacionadas com vacinas. É um lembrete do delicado equilíbrio entre o avanço da ciência médica, a proteção da saúde pública e a salvaguarda dos direitos individuais. 

A AstraZeneca reconheceu pela 1ª vez diante da Justiça que a sua vacina contra a covid-19 pode causar um “efeito adverso raro”.

Segundo o jornal britânico The Telegraph, a farmacêutica é alvo de uma ação coletiva em que 51 famílias pedem indenização de até £ 100 milhões (cerca de R$ 650 milhões).

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