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O câncer de pulmão ocupa a quarta posição entre os tumores mais frequentes, com cerca de 32.560 novos casos por ano no Brasil[1], e é o mais letal dentre todos os tipos de câncer.[2] Somente em 2020, no Brasil, 28.618 pacientes falecerem em decorrência da doença, correspondendo a mais de dois terços dos casos.[3] A recém-aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em relação a combinação da terapia-alvo, osimertinibe, com quimioterapia, a base de platina e pemetrexede, em primeira linha de tratamento para pacientes com câncer de pulmão não pequenas células avançado ou metastático com mutação do EGFR, traz uma nova opção de tratamento aos pacientes[4],[5].
 
Cerca de 84% dos casos de câncer de pulmão são descobertos em estágio avançado. Dos pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células, 25% apresentam a mutação do EGFR[6]. Atualmente, o tratamento padrão preferencial recomendado pelo NCCN (National Comprehensive Cancer Network) em primeira linha para esse subtipo da doença em estágio metastático é o osimertinibe[7]. Entretando, foi possível observar que a combinação recém-aprovada demonstra um aumento na sobrevida livre de progressão mediana em quase 9 meses em contrapartida ao que se tinha atualmente, além de reduzir em 38% o risco de progressão ou morte3,5.
 
“A eficácia e benefícios clínicos apresentados pela associação da terapia-alvo com quimioterapia, sugere que o osimertinibe é a droga backbone no tratamento de pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células com mutação do EGFR, e com a associação dos medicamentos é possível intensificar o tratamento, proporcionando um maior tempo sem que a doença progrida. Se tratando de câncer de pulmão, uma doença altamente letal, esse ganho é muito importante na jornada dos pacientes”, reforça Tiago Kenji Takahashi, Diretor Técnico e Coordenador da pesquisa clínica em oncologia do Instituto de Oncologia DASA Santa Paula e Coordenador de pesquisa clínica em oncologia no Hospital Santa Paula.
 
A aprovação foi baseada no estudo Flaura2, o qual comparou o uso de osimertinibe em adição à quimioterapia com o uso de osimertinibe em monoterapia3. Ao todo, 557 pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células localmente avançado ou metastático, com mutação do EGFR, sem tratamento prévio e com metástase estável no sistema nervoso central, participaram do estudo3.
 
O estudo também demonstrou, em uma análise exploratória pré-especificada, benefício de sobrevida livre de progressão para pacientes com metástases cerebrais, visto que a associação de osimertinibe com a quimioterapia teve uma mediana de sobrevida livre de progressão de 24,9 meses versus 13,8 meses para o braço de monoterapia, o que representa um ganho de 11 meses.4 Após dois anos de acompanhamento, 73% dos pacientes tratados com a associação dos medicamentos tiveram resposta no sistema nervoso central, sendo 59% com resposta completa, já com os tratados com osimertinibe em monoterapia, 69% tiveram resposta no sistema nervoso central, sendo 43% com resposta completa.4
 
“O câncer de pulmão é o que tem maior incidência de metástase cerebral, correspondendo a 30% dos pacientes. E os pacientes com mutação do EGFR tem o dobro de chance de progressão da doença com metástase cerebral. A redução da progressão da doença ou morte por metástase cerebral é um importante achado desta combinação, que se mantém com um marco expressivo mesmo após dois anos, proporcionando um grande avanço no tratamento da doença”, complementa Takahashi.
O perfil de segurança e tolerabilidade de osimertinibe em combinação com quimioterapia a base de platina e pemetrexede foi consistente com os perfis conhecidos de cada medicamento individualmente.4
 
 
 
 
 
Referências
 
  1. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estimativa 2023. Incidência de Câncer no Brasil. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2023.pdf. Acesso em 17 de abril de 2024.
  2. World Health Organization WHO, Lung cancer, 2023. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/lung-cancer#:~:text=Lung%20cancer%20is%20the%20leading,when%20treatment%20options%20are%20limited. Acessado em abril de 2024.
  3. Instituto Nacional de Câncer - INCA, Câncer de pulmão, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/pulmao. Acessado em abril de 2024.
  4. Planchard, D; Janne, PA; Cheng, Y; et al.. Osimertinib with or without Chemotherapy in EGFR-Mutated Advanced NSCLC. N Engl J Med. 2023 Nov 23;389(21):1935-1948. doi: 10.1056/NEJMoa2306434.
  5. Diário Oficial da União. RESOLUÇÃO-RE Nº 1.437, DE 15 DE ABRIL DE 2024. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-re-n-1.437-de-15-de-abril-de-2024-554193324. Acesso em 17 de abril de 2024.
  6. Lopes, GL; et al. Identificação de mutações ativadoras no gene EGFR: implicações no prognóstico e no tratamento do carcinoma pulmonar de células não pequenas. J Bras Pneumol. 2015; 41(4):365-375.
  7. NCCN, National Comprehensive Cancer Network® (NCCN). NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology (NCCN Guidelines®) for Non-Small Cell Lung Cancer Version 1.2024.©. Disponível em: https://www.nccn.org/. Acessado em Abril/2024.

 

Fonte: AstraZeneca

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