Anvisa aprova medicamento da BMS para tratamento de melanoma

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta segunda-feira o Opdivo® (nivolumabe), da Bristol-Myers Squibb, para o tratamento adjuvante de melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele. A indicação é para a população diagnosticada com envolvimento de linfonodos ou doença metastática ressecada. Estes pacientes têm maiores chances de reaparecimento do tumor após a cirurgia, e a imuno-oncologia demonstrou a chance de diminuir a recidiva da doença.

A terapia adjuvante torna-se importante opção terapêutica, uma vez que o câncer de pele do tipo melanoma tem altas taxas de recorrência, em torno de 50 a 80%, especialmente em pacientes em estágio avançado da doença[1][2][3][4]. Potencialmente perigoso, o melanoma pode invadir outros tecidos próximos e espalhar-se por partes do corpo, como o pulmão, fígado, osso e cérebro.

“Agora temos uma adjuvância para melanoma que é altamente eficaz e bem tolerada. Claramente um progresso no tratamento desta doença”, comenta o médico Antônio Carlos Buzaid, Diretor Médico Geral do Centro Oncológico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e membro do comitê gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein.

A eficácia e segurança do nivolumabe foram avaliados no estudo Check Mate 238, que demonstrou aumento significativo na sobrevida livre de recorrência em todos os subgrupos de pacientes com melanoma estágio IIIB, IIIC e estádio IV ressecado (independente da presença da mutação ser BRAF ou expressão PD-L1).

Para Gaetano Crupi, presidente da Bristol-Myers Squibb, a aprovação reforça o compromisso da empresa com o tratamento do câncer no Brasil. “A aprovação de nivolumabe como terapia adjuvante para melanoma representa mais um marco para a BMS, que passa a ser detentora de um portfólio completo, capaz de tratar a maioria dos tipos de pacientes metastáticos e todos os portadores de melanoma em estágios mais precoces no país, dando uma nova perspectiva de tratamento para a doença”.

Melanoma

O câncer de pele melanoma tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e é mais frequente em adultos brancos. O melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Nos indivíduos de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom se detectado em sua fase inicial. Nos últimos anos, houve grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, principalmente devido à detecção precoce do tumor e à introdução dos novos medicamentos.[5]

Imuno-oncologia

A imunoterapia é um tratamento que utiliza certas partes do sistema imunológico de uma pessoa para combater doenças como o câncer. Isso pode ser feito de duas maneiras: estimulando seu próprio sistema imunológico a trabalhar mais ou de forma mais inteligente para atacar as células cancerígenas ou dando-lhe componentes do sistema imunológico, tais como proteínas do sistema imunológico feitas em laboratório. O mecanismo surge a partir da premissa do início do desenvolvimento de uma neoplasia, uma vez que quando as células começam a crescer fora do controle, nem sempre o sistema imunológico reconhece as células cancerígenas. Para superar isso, os pesquisadores descobriram maneiras de ajudar o sistema imunológico a reconhecer as células cancerosas e fortalecer sua resposta para que elas sejam destruídas. [6]

Nivolumabe

O nivolumabe é um anticorpo monoclonal de imunoglobulina G4 (IgG4) totalmente humano que se liga ao receptor de morte programada 1 (PD-1) e bloqueia sua interação com PD-L1 e PD-L2. Opdivo® potencializa as respostas das células T, incluindo respostas antitumorais, por meio do bloqueio da ligação de PD-1 aos ligantes PD-L1 e PD-L2.

[1] Leiter U et al. J Am Acad Dermatol. 2012;66:37-45

[2] Romano E et al. J Clin Oncol. 2010;28:3042-3047

[3] Meyers MO et al. Ann Surg Oncol. 2009;16:941-947

[4] Tas F et al. Melanoma Res. 2017;27:134-139

[5] Weber J et al. N Engl J Med. 2017;377:1824-1835

[6] American Cancer Society, 2018

Fonte: Redação Panorama Farmcêutico

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