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Imagem de Jackson David por Pixabay

 

 

“A avaliação mais importante de meu bom desempenho em jogo está no quanto eu consegui fazer com que meus colegas de equipe jogassem melhor”

Bill Russell – um dos melhores pivôs da NBA

 

by Joni Mengaldo

 

Jetro foi um homem pouco conhecido na história, foi o sogro de Moisés, um dos líderes mais importantes da história de Israel antigo, que tem sido retratado em livros, animações e filmes.

Em cerca de 1300 a.C, Moisés, em sua missão de estar à frente do povo israelita, tinha a tarefa de orientar milhares de pessoas, levando um tempo infindável, sem eficácia e inconclusivo.

Jetro, talvez tenha sido um dos primeiros especialistas em design organizacional, pois observou o estilo gerencial de Moisés e concluiu que a longa fila e a transpiração indicavam falha no processo.

Como uma providência, aconselhou Moisés a delegar parte do trabalho a homens que seriam “juízes” de mil, de cem, de cinquenta e de dez. E ele, Moisés, se encarregaria das questões mais difíceis.    

Se analisarmos um caso como o de Moisés ou um comentário como o do jogador Bill Russell podemos ter um norte da habilidade mais rara, apreciada e desejada nos profissionais de qualquer área, a colaboração.

Segundo Heidi Gardner,  especialista em carreira de Harvard, a colaboração é a habilidade mais importante e neste post, vamos pensar, avaliar e trazer insights de como desenvolvê-la.

 

O que é colaboração?

Colaboração é a capacidade de trabalhar em equipe, compartilhar conhecimentos, ideias e recursos, e buscar objetivos comuns. Colaboração envolve comunicação, empatia, criatividade e liderança e não significa apenas fazer parte de um grupo ou comunidade, mas contribuir ativamente para que seja bem-sucedido.

 

Por que é tão importante?

Em um mundo cada vez mais complexo, interconectado e competitivo, a colaboração se torna um diferencial para os profissionais e as organizações.

Segundo um estudo da McKinsey de 2021, as líderes mulheres em comparação com os homens do mesmo nível e cargo tinham cerca de duas vezes mais chances de gastar um tempo substancial em esforços colaborativos fora de seu trabalho formal.

Isso lhes dava uma vantagem competitiva sobre os seus pares, pois elas conseguiam: 

  • Acessar informações e recursos mais diversificados e relevantes;
  • Resolver problemas mais complexos e inovadores;
  • Ampliar sua rede de contatos e influência;
  • Aumentar sua visibilidade e reputação;
  • Gerar mais valor e satisfação para os clientes.

 

Como desenvolver a habilidade de colaboração?

A boa notícia é que a colaboração é uma habilidade que pode e deve ser aprendida e aprimorada.

Aqui estão algumas dicas para você se tornar um colaborador excepcional:

  • Seja um líder inclusivo: procure reunir pessoas com diferentes perfis, perspectivas e experiências. Valorize a diversidade e a pluralidade de opiniões. Crie um ambiente de confiança e respeito mútuo;
  • Demonstre apreço e reconhecimento: mostre gratidão e elogio pelo trabalho dos seus colegas. Reconheça as contribuições individuais e coletivas. Compartilhe os créditos e os resultados;
  • Peça ajuda: não tenha medo ou vergonha de pedir ajuda quando precisar. Busque o apoio de especialistas ou mentores que possam complementar suas habilidades ou conhecimentos. Aprenda com o feedback e as críticas construtivas;
  • Ofereça ajuda: seja proativo e generoso em oferecer sua ajuda aos seus colegas. Compartilhe seus conhecimentos, ideias e recursos. Seja solícito e disponível. Ajude os outros a crescerem e se desenvolverem.

 

Conclusão

Talvez você pense que Jetro teve boa vontade por ser o sogro de Moisés, acho que sim. No entanto, ao trazer uma solução colaborativa de processo de trabalho em equipe, trouxe benefícios para todo o povo e para o ecossistema.

Bill Russell foi um dos maiores jogadores e treinadores de basquete de todos os tempos. Ele defendeu o Boston Celtics por 13 temporadas na NBA, conquistando 11 títulos e cinco prêmios de MVP*.

Também foi medalhista de ouro olímpico em 1956 e integrante do Hall da Fama desde 1975. Além de suas realizações esportivas, Russell foi um ativista contra o racismo e a injustiça social, recebendo a Medalha Presidencial da Liberdade em 2011.

Ele morreu aos 88 anos em 2022, deixando um legado memorável dentro e fora das quadras. Mas eu diria que a melhor avaliação que fazia de si, é quando conseguia que a equipe jogasse melhor, em outras palavras, era quando era mais colaborativo.

No final de 1999 o time de futebol do Flamengo acertou uma parceria com a ISL, a maior empresa de marketing esportivo do mundo na ocasião.

Inicialmente os rubro-negros ficaram otimistas, sonhavam com jogadores selecionáveis, Petkovic foi um dos contratados e vieram outros jogadores importantes: Gamarra, Alex, Denilson e Edilson.

Os jogadores que chegaram se integraram com nomes criados da categoria de base: Julio César, Juan, Athirson e Adriano.

De fato, individualmente, foi um time bem acima da média, mas, não conseguiu os resultados esperados. Houve atrasos de salário, problemas administrativos, e o clube se perdeu.

Conforme relato do jogador Juan ao Globo Esporte: “Tínhamos um time forte, mas o Flamengo vivia um momento conturbado, com menos estrutura, e refletiu naquele grupo. Era um grupo muito talentoso, mas que não deu certo devido à organização e colaboração”.

A colaboração é uma habilidade rara e desejável entre os profissionais de qualquer área. Pode fazer um time ganhar e falta dela leva um clube a se perder.

Ela traz benefícios tanto para os indivíduos quanto para as organizações. Para desenvolver essa habilidade, é preciso ter uma mentalidade aberta, curiosa e cooperativa. E você, como tem praticado a colaboração no seu trabalho?

Compartilhe suas experiências nos comentários!

Certamente você conhece alguém que precisa ler esse artigo, aproveite a oportunidade e envie para ele.

 

 

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Joni Mengaldo - criador do DikaJob, cristão, ítalo-brasileiro, casado com a Helenice, pai do Bruno e do Gabriel. Atua com ensino, treinamento, consultoria, como professor e palestrante em assuntos sobre competências, comportamento, motivação, liderança e dinâmicas.

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